Os pequenos empresários e o sonho da independência financeira
- Ana Paula Romagnolli
- 23 de out. de 2015
- 2 min de leitura

la perambula pelas ruas de Londrina e Cambé, oferecendo sua mercadoria de casa em casa. Faça sol, chuva, não importa o tempo. Apesar de ser sua própria chefe, cumpre com os dias e horários estipulados por ela mesma. Sempre atenta às ultimas tendências, a empresária busca estar sempre antenada na moda atual para satisfazer sua clientela, aproximadamente 200 pessoas. A maioria mulheres.
Mas quem pensa que todo trabalhador informal não tem rotina, com ela é diferente. Trabalha todas as terças, quintas e sábados, sai as 8:00 da manhã de sua casa e volta no início da noite. Determinada, não mede esforços para alcançar seus objetivos. Desde cedo aprender a se virar sozinha e, decidida, não deixa sobrar tempo para desânimo.
Este é Adriana Moreno Romagnolli, 43 anos, trabalha com venda de confecção feminina e algumas peças masculinas. A sua loja é o seu carro. No banco traseiro e porta-malas há um estoque diversificado de peças que oferece aos seus consumidores. Busca sua mercadoria em variadas lojas e cidades.
Adriana faz parte dos brasileiros que decidiram tocar o próprio negócio. Hoje são mais de 5 milhões pessoas cadastradas no Micro Empreendedor Individual em todo o país. Estes pequenos empresários pagam uma taxa mínima para se legalizar e ganham direitos a benefícios empregatícios como auxílio doença, auxílio maternidade, aposentadoria, etc.
Adriana trabalhou por 14 anos na Associação Comercial e Industrial de Londrina, de 1989 a 2003. Atuava com telemarketing, de segunda a sexta, 6 horas por dia. Decidiu mudar de vida. Com o dinheiro do acerto investiu em seu novo serviço autônomo que, garante, é um trabalho mais cansativo, mas financeiramente mais satisfatório.
“É você quem programa as férias, controla dias de folga, você faz seu cronograma, se programa... Mas independente de alguns pontos negativo, como o caso de toda preocupação ser por sua conta, eu não voltaria a trabalhar sem ser autônoma.” Acrescenta.
Não se incomoda de ser chamada de Sacoleira por alguns. Adriana é mais uma entre muitas mulheres e muitos homens que ingressam nessa profissão em busca a de sua independência financeira. Além de lucrar mais, ela dá conta dos afazeres de casa e ainda sobra tempo para diversão. Um trabalho inovador, atendimento personalizado e que dá comodidade a suas clientes. Mas a sensação de não depender de ninguém para ganhar a vida, não tem preço.
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