PRAZER, JUREMAH. SÃO TODAS BEM VINDAS!
- rpuelnoturno2015
- 8 de jan. de 2016
- 2 min de leitura

Jornalistas Unidas na Resistência Contra o Machismo e a Hegemonia (JUREMAH). Como o nome diz, é um coletivo feminino do curso de Jornalismo da UEL que buscar inserir um espaço onde as mulheres podem se unir para lutar contra o machismo na profissão e dentro do próprio ambiente universitário. “Como escrever uma matéria abordando um assunto sem culpar uma vítima, sem praticar o machismo”, foi o que disse Pamela, a idealizadora do projeto, explicando um pouco sobre o que desejam abordar com o coletivo.
A estudante, prestes a se formar em Jornalismo, sentia que seu curso precisava abordar melhor os assuntos da mulher dentro da universidade e dentro do mercado de trabalho. Quando viu que não estava sozinha, decidiu dar inicio ao JUREMAH. “A principal dificuldade que encontrei foi chegar num departamento e não ter nenhum respaldo. Existem outras Universidades no Brasil com estudos que abordam o assunto da mulher, de gênero, de identidade sexual, LGBT e aqui nós não temos.”
O CONJUVE (Conselho Municipal da Juventude) ficou sabendo do JUREMAH e chamou as meninas para dar palestras em algumas escolas estaduais de Londrina. Aproveitando o Dia do Combate à Violência contra as mulheres, dia 25 de Novembro, as meninas do movimento foram falar com estudantes do colégio Olympia Morais de Tormenta, zona norte. O encontro foi marcado por uma coincidência triste. Algumas semanas antes Jéssica, uma mulher de 22 anos e irmã de um dos alunos da escola, foi morta a facadas pelo marido. “O colégio faz uma ação muito legal com eles de atividade formativa, que questionam racismo, política”, lembrou Pamela. Dividiram grupos de meninos e meninas e fizeram uma conversa de maneira descontraída, mas abordando assuntos polêmicos, causando debates entre os alunos.
“Os meninos entram falando várias frases machistas e a partir daí nós fazemos perguntas que os fazem repensar e até o final da palestra eles já estão mais descontruídos e falando coisas totalmente diferentes.” As meninas não acreditam que vão mudar a cabeça de nenhum deles de uma hora pra outra, mas ficam felizes em ver o interesse dos estudantes em relação ao assunto e acreditam que a mudança é possível sim.
O coletivo é fechado para homens para que as meninas sintam-se mais a vontade para falar o que desejam, sem medo de opressão. Nada que é falado lá dentro é divulgado, ou denunciado se não for do desejo da vítima. É um lugar aonde as meninas vão para conversar e abordar assuntos como relacionamento abusivo, violência doméstica e feminismo.
O objetivo agora é expandir a atuação do coletivo, convidando alunas do curso de Relações Públicas para participar das reuniões e debates. Uma iniciativa importante para a integração das mulheres e para um constante combate às diversas violências sofridas na sociedade.
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