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ROUPA CURTA É CONVITE PARA O DESRESPEITO?

  • Laryssa Vicente
  • 6 de nov. de 2015
  • 2 min de leitura

Não é de hoje que eu ouço comentários de pais de crianças com menos de 10 anos falando coisas do tipo “meu filho vai ser pegador quando crescer!, Desde cedo ele já faz sucesso com as meninas!” Vejo pais que ficam irritados por serem chamados na escola por conta do filho ter “passado a mão” na colega de sala, alegando que é coisa de criança, ou que não houve maldade. Mas quando a situação se inverte, quando é a filha do indivíduo ele acha um absurdo a pequena querer usar batom escuro ou passar maquiagem, usando aquele velho discurso de “tem idade pra tudo”, que ela tem que ser boa moça e se respeitar. Mas ao passar dos anos as situações são diferentes. Os meninos passam a ver as meninas com outros olhos. O desejo se desenvolve e aquele apoio que os pais davam só aumenta. Como se certas ações que eles tenham com outras meninas os dignificassem. É claro que essas mudanças fazem parte do crescimento das meninas também, poder ousar nas roupas, se sentirem mais bonita passando maquiagem, conquistando garotos e sendo desejadas, usando um sapato diferente ou até mesmo um shorts curto. O problema é que muitas vezes os rapazes acham que as meninas estão se vestindo para eles. Outro dia em uma roda de amigos um garoto disse que quando uma menina coloca uma blusa decotada ela está de certa forma oferecendo a parte que está a mostra. Alguns até classificam a roupa curta como “propaganda”. Já as mulheres tem outra visão do assunto. Ana de 20 anos diz que as mulheres em geral se vestem para outras mulheres, “quando me arrumo pra sair, penso nas garotas que eu vou encontrar e em quais roupas elas estarão vestindo”. Gabriel de 18 anos discorda, ele diz ter certeza que as roupas escolhidas pelas mulheres tem influência direta no que os homens vão pensar sobre elas. Porém ambos concordaram que roupas curtas são mais provocantes e chamativas, o que na cabeça de muito abusado é um convite. Um sinal de disponibilidade que mexe com os instintos naturais e que acaba estimulando garotos mal educados, que logo, se sentem no direito de “mãos bobas” e de aproximações mais ameaçadoras. Uma das situações mais corriqueiras em baladas e casas noturnas são homens não aceitarem, ou entenderem que só porque a moça está com uma roupa mais curta ou chamativa não significa que ela esteja disponível e que tenha obrigação de aceitar as colocações e insinuações desrespeitosas. Outro detalhe que chama a atenção nesta história é o preconceito que as mulheres tem entre si. Bia de 18 anos admite que muitas vezes criticou outras meninas que estavam com roupas mais curtas que a dela, mas tem consciência que já usou roupas do mesmo comprimento. Até que ponto que a roupa das mulheres passa a ser um convite e uma justificativa para a ação desrespeitosas de certos homens?


 
 
 

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